A energia nuclear surgiu durante a 2º Guerra Mundial como uma nova e destrutiva arma, e, mesmo sendo atualmente uma das matrizes mais energéticas que conhecemos, o uso da fissão nuclear para obtenção de energia continua sendo polêmica.
Em parte, toda essa polêmica se deve pelos
riscos que uma usina nuclear leva
consigo, acidentes como Chernobyl e, mais
recentemente, Fukushima e suas respectivas consequências ainda assustam a
população mundial. A radiação é tóxica e causa
diversos
problemas para o ser humano, como por exemplo, mutações no DNA e, em alguns
casos, morte.
No entanto, acidentes nucleares, como os ocorridos na Ucrânia e no Japão, são raros e por não emitir diretamente os gases que contribuem para o Aquecimento Global, muitos vêem a fissão nuclear como uma das fontes mais cotadas para substituir o uso de combustíveis fósseis.
Mas apesar de raros, os acidentes não são impossíveis. Tanto que, na primeira semana deste mês, no dia 05, uma fuga de vapores numa central nuclear da França, país que possui 75% de sua energia oriunda da fissão nuclear, deixou dois funcionários da usina feridos e o mundo sob alerta.
Além do possível risco de acidentes, a energia nuclear ainda tem como desvantagem o fato de, há décadas, alguns países a utilizam como disfarce para a produção de armas nucleares. Como ocorre com o Irã, por exemplo.
Por dentro da usina:
Energia nuclear no Brasil:
A procura da tecnologia nuclear no Brasil começou na década
de 50, mas a decisão de implantação de uma usina no país só aconteceu em 1969. Em
junho de 1974, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno
andamento quando o Governo Federal decidiu ampliar o projeto, autorizando
Furnas a construir a segunda usina. A Central Nuclear de Angra, agora
com duas unidades, está pronta para receber sua terceira unidade. Em função de
um acordo firmado com a Alemanha (Acordo de Cooperação Nuclear, onde o Brasil obteria toda a tecnologia necessária
para o seu desenvolvimento neste setor), boa parte dos equipamentos desta usina
já estão comprados e estocados no canteiro da Central. Com as unidades 1 e
2 existentes, praticamente toda a infraestrutura necessária para montar Angra 3
já existe; também há pessoal treinado e qualificado para as áreas de
engenharia, construção e operação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário